Católicos de Mato Grosso do Sul recebem refugiados da Síria

(G1/Mato Grosso do Sul, 17/09/2015) Famílias desembarcaram em Campo Grande na noite de quarta-feira.
Síria vive guerra civil e enfrenta ameaça de grupos terroristas.

Duas famílias da Síria desembarcaram na noite de quarta-feira (16) em Campo Grande, sendo o primeiro grupo de refugiados vindo do país que vive uma guerra civil há quatro anos. Eles estão sendo abrigados pela Paróquia Nossa Senhora da Abadia.

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A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS) criou uma comissão para garantir os direitos dos sírios. “Os refugiados que estão chegando aqui em Campo Grande precisam ter garantidos seus direitos à saúde, educação e moradia”, ressaltou o advogado Elton Nasser.

Guerra civil

A Síria enfrenta desde março de 2011 uma guerra civil que já deixou pelo menos 240 mil mortos destruiu a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional. Quatro anos depois, as partes envolvidas e a comunidade internacional tentam fazer estabelecer em conjunto os termos para paz.

O contestado presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta nesse período uma rebelião armada que tenta derrubá-lo do poder. Assad se recusa a renunciar, mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes. Ele encerrou o estado de emergência, que durava 48 anos, fez uma nova Constituição e realizou eleições multipartidárias.

O regime argumenta que a rebelião é insuflada por terroristas internacionais, com elos com a rede Al-Qaeda, cujo objetivo é criar o caos, e que está apenas se defendendo para manter a integridade nacional.

Estado Islâmico

Não bastasse a violência da guerra, os sírios ainda enfrentam a violência do Estado Islâmico (EI), também conhecido como Daesh ou ISIS, criado a partir do braço iraquiano da Al-Qaeda, a conhecida rede responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
O grupo controla áreas do Iraque e da Síria e se originou em meio a práticas terroristas da rede Al-Qaeda, mas desenvolveu seu próprio modo de agir. Entre as diferenças que causaram a separação dos dois grupos estão a apropriação de territórios e a formação de um califado.

O Exército sírio também luta para combater a ameaça terrorista do grupo. Uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos ajuda no combate ao EI. Na quarta-feira (16), a França anunciou que realizará seus primeiros bombardeios contra a organização.

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