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Debate sobre direitos marca abertura da exposição Vidas Refugiadas

Gessica Comite Nacional para Refugiados, Conare, Gabriela Cunha Ferraz, Maria Illeana Faguaga Iglesias, mulheres refugiadas, Museu da Imigracao, Nckechinyere Jonathan, RNE, Vidas Refugiadas março 19, 2017

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Por Géssica Brandino

Celebrando o primeiro ano do projeto “Vidas Refugiadas”, o Museu da Imigração recebe até 28 de maio a exposição fotográfica que apresenta um pouco do cotidiano de oito mulheres refugiadas no Brasil. A abertura da mostra, realizada sábado (18/3), contou com debate com as protagonistas do projeto

Em um ano de trabalho, foram múltiplas as experiências e trocas que as participantes puderam ter com brasileiros de onze cidades. A nigeriana Nckechinyere Jonathan conta que se sentiu em casa em Salvador, pois lá viu seus irmãos africanos e sentiu o espírito acolhedor da cidade. Para Maria Illeana Faguaga Iglesias a experiência também tem sido gratificante, por permitir quebrar estereótipos em torno do refúgio. “Nós não somos coitadinhas”, faz questão de frisar no diálogo com o público, lembrando que o projeto tem contribuído para o empoderamento das refugiadas no países.

Leia mais: Vidas Refugiadas volta a São Paulo com o retrato de gênero no refúgio

Uma das questões levantadas pelo público durante o debate foi a documentação, um dos principais entraves que refugiados enfrentam no país para ter acesso a direitos. A partir da solicitação de refúgio, eles recebem da Polícia Federal o Protocolo de Permanência Provisória, documento que servirá para identificação até a resposta do Comitê Nacional para Refugiados sobre o reconhecimento da condição de refugiado no país, a partir da Lei 9474 de 1997, a lei de refúgio brasileira.

O problema é que o Protocolo é impresso em uma filipeta de papel sulfite e é rejeitado na maioria dos estabelecimentos, pois os funcionários não acreditam no caráter oficial do documento. Além disso, o que era para ser um recurso provisório acaba sendo utilizado por um ano ou mais, diante da demora da análise feita pelo Conare.  Nckechinyere Jonathan e Maria Illeana Faguaga Iglesias chegaram ao Brasil em 2014. A nigeriana recebeu o parecer positivo do governo no ano passado, mas Maria ainda aguarda a resposta do Conare.

Advogada e idealizadora do projeto Vidas Refugiadas, Gabriela Cunha Ferraz critica a postura do governo federal diante da situação dos refugiados no país. Atualmente, mais de 30 mil pessoas aguardam o parecer do Comitê para poder emitir o RNE (Registro Nacional do Estrangeiro). “O que a gente precisa hoje é enfrentar a questão do refúgio como algo sério. Estamos falando de negar um documento com um nome e número de identificação para um ser humano, nada além disso. Isso é o mínimo que um governo pode fazer, mas para isso você precisa de um orçamento sério, de uma equipe técnica séria e ter isso como uma pauta. Hoje, isso não é uma pauta”. Confira o vídeo:

Serviço

A exposição fotográfica Vidas Refugiadas ficará aberta ao público até 28 de maio, de terça à sábado, das 9h às 17h. Aos domingos, o horário de funcionamento é das 10h às 17h. A entrada é gratuita. O Museu da Imigração do Estado de São Paulo fica na Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca

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