Congolinária lança segunda fase de arrecadação para abrir restaurante

Projeto é oportunidade para aprender sobre refúgio e veganismo por meio da culinária. Na primeira fase, encerrada em maio, 20% da meta de arrecadação foi alcançada

Por Géssica Brandino

Para quem não pode contribuir com o projeto Congolinária, há uma nova chance: está no ar a nova campanha de arrecadação, via Catarse (Veja aqui). Com 10 reais já é possível contribuir para o projeto. A partir de 50 reais, o doador recebe recompensas diversas. A ação tem até 30 de setembro para atingir a meta de mais de 55 mil reais e transformar o sonho da família Luambo em realidade.

O Congolinária foi criado pelo refugiado congolês Pitchou Luambo, a partir de dicas de amigas brasileiras que conheceram os pratos feitos por ele. Pitchou é formado em direito na República Democrática do Congo, mas nunca pode exercer a profissão em São Paulo. Na cidade, fez de tudo um pouco, trabalhou como operador de empilhadeira, liderou o Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem Teto (GRIST), promovendo debates e encontros culturais para aproximar brasileiros da realidade de seu país, foi ator no teatro e cinema, contracenando no filme Era O Hotel Cambridge, de Eliane Café.

Congolinária apresenta a culinária vegana em evento no Sesc (Foto: Divulgação)

Em 2016, Pitchou iniciou o Congolinária com a proposta de ser um espaço para conscientizar sobre refúgio e veganismo. Nos primeiros meses, o empreendimento estava num food park no Itaim Bibi. Já no começo desse ano, Pitchou passou a servir o cardápio do Congolinária nos almoços de um restaurante na Vila Madalena, mas com o encerramento da parceria, o congolês busca recursos para ter a própria sede e dar continuidade ao projeto.

O Congolinária tem sido recebido de forma positiva pelo público e divulgado pela imprensa, com matérias na Folha de S. Paulo, CartaCapital e com a participação de Pitchou e a filha Marie no Programa Encontros, com Fátima Bernandes. O congolês também tem marcado presença em encontros veganos e outros eventos, nos quais tem a oportunidade de falar sobre a cultura culinária de seu país e aproximar brasileiros da realidade do refúgio.

O cardápio do restaurante é diversificado, com sambusas, salgado típico dos países africanos, nhoque de banana da terra, couve na mwamba (couve refogada na pasta de amendoim) e tangawisi (suco de gengibre, abacaxi e limão), entre outros pratos típicos. As porções são generosas e oferecem sabores diversos e nutritivos, sem carne, atraindo cada vez mais novos clientes.

A primeira fase da arrecadação atingiu 20% do valor necessário para compra de equipamentos para o restaurante. Na página da nova campanha, é possível saber como esse valor foi usado e o que ainda falta para concretizar a meta de ter um espaço próprio para o Congolinária.

Enquanto isso é possível conhecer o projeto de perto em diversos eventos na cidade de São Paulo. Para isso, fique de olho na página do projeto e colabore, compartilhando a campanha.

Para colaborar, acesse: Congolinária – segunda fase
Clique e conheça o Congolinária nas redes sociais

Confira o vídeo da primeira fase de arrecadação da campanha: