Guerra civil na Síria completa quatro anos
(Agência Brasil, 14/03/2015) Quatro anos atrás, que se completam neste domingo (15) em meio à Primavera Árabe, grupos de manifestantes sairam às ruas em vários pontos do país para exigir a abertura democrática e protestar contra a corrupção, entre outras coisas.
A escalada de protestos levou às ruas as forças de segurança que responderam com prisões massivas e repressão, principalmente na província de Derra – província ao sul do país considerada “o berço da revolução” – dando lugar ao conflito armado.
Devido à repressão alguns soldados começaram a deserdar e, junto a um grande número de civis, pegaram em armas para enfrentar as forças leais ao presidente, Bashar Al Assad.
EM 31 de julho de 2011 os desertores formaram o chamado Exército Livre Sírio, o que marcou fortemente o início da resistência armada contra o governo sírio.
O que parecia que era uma guerra entre sírios acabou se tornando um conflito mais complexo com a irrupção de milicianos estrangeiros em grupos jihadistas como a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, surgida em janeiro de 2012 e o Estado Islâmico (EI) que começou a operar em abril de 2013.
O governo assegura que o conflito é uma guerra contra o terrorismo que é apoiado pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais que proveem de armas aos rebeldes por razões geopolíticas. A guerra na Síria causou mais 200 mil mortos e 3,8 milhões de refugiados ao chegar ao seu quarto ano, o que a torna uma das maiores crises desde a II Guerra Mundial segundo as ONG que trabalham sobre o terreno.
Os 3,8 milhões de refugiados, a metade deles crianças, estão divididos em vários países como Turquia (mais de 1,7 milhões), Líbano (1,2 milhões), Jordania (622 mil), Curdistão iraquiano (250 mil) e Egito (136 mil).
Os deslocados dentro do território sírio são 7,6 milhões e mais de 4,8 milhões vivem em lugares sitiados ou de muito difícil acesso em que as necessidades básicas não chegam a ser cobertas.
Por Télam
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