Projeto da ONU no Brasil ajuda refugiadas a entrarem no mercado de trabalho

(Revista PEGN, 07/03/2016) Atividade garante monitoria profissional às mulheres que procuram emprego no Brasil

Nos últimos anos, a crise humanitária dos refugiados tem se intensificado no mundo todo. Fugindo de conflitos armados, essas pessoas se vêm obrigadas a abandonar seus lares para tentar a sorte em um novo país. Nesse cenário, o Brasil se tornou um destino cada vez mais requisitado pelos refugiados, que buscam uma oportunidade para trabalhar e recomeçar a vida.

Segundo o Comitê Nacional para Refugiados, existem mais de 8,4 mil estrangeiros abrigados no Brasil — enquanto outros 12 mil solicitam refúgio. Entre 2011 e 2015, o número de refugiados no país dobrou, e a maior parte dessas pessoas vem da Síria, de Angola, da República Democrática do Congo e da Colômbia.

Além de terem que se adaptar à cultura de um novo país, os refugiados sofrem para conseguir emprego. Na maior parte das vezes, a língua é a principal barreira para essas pessoas, além dos processos burocráticos em excesso e dos preconceitos.

“Imagine como é essa situação para as mulheres. Elas já têm menos oportunidades no mercado de trabalho, e quando são refugiadas em um país desconhecido, fica tudo ainda mais difícil”, diz Vanessa Tarantini, coordenadora de Oportunidades de Engajamento da Rede Brasileira do Pacto Global.

O Pacto Global é uma ação internacional da ONU que faz acordos com empresas para que elas tenham iniciativas voltadas para a promoção dos direitos humanos, a preservação do meio ambiente e o controle da corrupção. As empresas participam do Pacto Global devem escolher uma dessas linhas de atuação — no Brasil, 35 empresas estão na categoria de promoção dos direitos humanos.

Em novembro do ano passado, o programa Empoderando Refugiadas ajudou 17 mulheres a se capacitarem para o mercado de trabalho no Brasil. Liderado pelo Pacto Global, o projeto também conta com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da ONU Mulheres, do Programa de Apoio para a Recolocação dos Refugiados (PARR), da agência de recursos humanos Fox Time, da usina hidrelétrica Itaipu e das Lojas Renner.

O projeto consistiu em uma série de palestras sobre os direitos das mulheres, violência de gênero, as desigualdades que existem no mercado de trabalho e como se portar em uma entrevista de emprego. Todo esse conteúdo foi apresentado pelos parceiros do programa.

No fim do projeto, foi marcado um encontro entre representantes das empresas ligadas ao Pacto Global e as refugiadas. “Um dos nossos objetivos foi promover esse encontro para sensibilizar as empresas. As mulheres puderam contar suas histórias de vida, e algumas oportunidades de trabalho começaram a aparecer”, diz Vanessa.

Na última segunda-feira (29), foi a primeira vez que uma das refugiadas conseguiu uma vaga de emprego através do programa. “Quando a primeira edição do projeto acabou, as mulheres foram cadastradas no sistema da Fox Times e, nessa semana, uma delas foi contratada em uma empresa de conservação de limpeza. Algumas já tinham conseguido emprego por iniciativa própria, mas essa última nos deixou muito feliz porque foi resultado de um trabalho em equipe“, diz.

Segundo Vanessa, um dos principais problemas que dificulta a contratação é o processo burocrático que as empresas realizam. “Várias cobram do refugiado o Registro Nacional de Estrangeiro para a vaga, mas esse documento pode demorar até dois anos para ficar pronto”, diz. Portanto, além de preparar as mulheres, a equipe do Pacto Global ainda atua junto às empresas para flexibilizar a forma de contratação e garantir que nenhuma oportunidade seja perdida.

Além de terem que se adaptar à cultura de um novo país, os refugiados sofrem para conseguir emprego. Na maior parte das vezes, a língua é a principal barreira para essas pessoas, além dos processos burocráticos em excesso e dos preconceitos.

“Imagine como é essa situação para as mulheres. Elas já têm menos oportunidades no mercado de trabalho, e quando são refugiadas em um país desconhecido, fica tudo ainda mais difícil”, diz Vanessa Tarantini, coordenadora de Oportunidades de Engajamento da Rede Brasileira do Pacto Global.

O Pacto Global é uma ação internacional da ONU que faz acordos com empresas para que elas tenham iniciativas voltadas para a promoção dos direitos humanos, a preservação do meio ambiente e o controle da corrupção. As empresas participam do Pacto Global devem escolher uma dessas linhas de atuação — no Brasil, 35 empresas estão na categoria de promoção dos direitos humanos.

Em novembro do ano passado, o programa Empoderando Refugiadas ajudou 17 mulheres a se capacitarem para o mercado de trabalho no Brasil. Liderado pelo Pacto Global, o projeto também conta com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da ONU Mulheres, do Programa de Apoio para a Recolocação dos Refugiados (PARR), da agência de recursos humanos Fox Time, da usina hidrelétrica Itaipu e das Lojas Renner.

O projeto consistiu em uma série de palestras sobre os direitos das mulheres, violência de gênero, as desigualdades que existem no mercado de trabalho e como se portar em uma entrevista de emprego. Todo esse conteúdo foi apresentado pelos parceiros do programa.

No fim do projeto, foi marcado um encontro entre representantes das empresas ligadas ao Pacto Global e as refugiadas. “Um dos nossos objetivos foi promover esse encontro para sensibilizar as empresas. As mulheres puderam contar suas histórias de vida, e algumas oportunidades de trabalho começaram a aparecer”, diz Vanessa.

Na última segunda-feira (29), foi a primeira vez que uma das refugiadas conseguiu uma vaga de emprego através do programa. “Quando a primeira edição do projeto acabou, as mulheres foram cadastradas no sistema da Fox Times e, nessa semana, uma delas foi contratada em uma empresa de conservação de limpeza. Algumas já tinham conseguido emprego por iniciativa própria, mas essa última nos deixou muito feliz porque foi resultado de um trabalho em equipe“, diz.

Segundo Vanessa, um dos principais problemas que dificulta a contratação é o processo burocrático que as empresas realizam. “Várias cobram do refugiado o Registro Nacional de Estrangeiro para a vaga, mas esse documento pode demorar até dois anos para ficar pronto”, diz. Portanto, além de preparar as mulheres, a equipe do Pacto Global ainda atua junto às empresas para flexibilizar a forma de contratação e garantir que nenhuma oportunidade seja perdida.

por Valdir Ribeiro Jr

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