Seminário “Imigrantes, Exilados e Refugiados/ Multiculturalismo e Circulação de Saberes: Legados para a Cultura Brasileira, de 16/10 a 23/11/2014

(Agência USP, 16/10/2014) Até dia 23 de novembro, o Laboratório de Estudos sobre Etnicidade, Racismo e Discriminação (LEER) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP e o Centro de Cultura Judaica realizam o seminário “Imigrantes, Exilados e Refugiados/ Multiculturalismo e Circulação de Saberes: Legados para a Cultura Brasileira”.

O seminário ocorre junto com a exposição “O Exílio da língua alemã no Brasil”, que pode ser visitada no Centro de Cultura Judaica até 23 de novembro.

O seminário oferecerá ao público um painel de palestras que ampliarão o tema do exílio para a questão do multiculturalismo e da circulação dos saberes que resultaram em um importante legado para a cultura brasileira. O evento é aberto, mas é preciso confirmar presença nas palestras pelo email rsvp@culturajudaica.org.br

No dia 16, às 20 horas, o tema é “Imigração Judaica: identidade, história e memória”, com a professora da FFLCH e pesquisadora do LEER, Eva Blay.

No dia 21, às 20 horas, o tema é “Arte e artistas imigrantes em São Paulo, 1820-1920″, com Miriam Silva Rossi, mestre e doutoranda em História Social e pesquisadora do LEER.

No dia 23, às 20 horas, o tema é “Imigração dos judeus sefaraditas e do Oriente Médio para o Brasil”, a ser abordado por Rachel Mizhari, socióloga e coordenadora de História Oral do projeto Arquivo Virtual do Holocausto (Arqshoah) do LEER.

No dia 27 às 20 horas, o tema é “Sírios, libaneses, judeus e italianos: padrões de mobilidade sócia econômica e identidade na sociedade paulista”, com Oswaldo Truzzi, historiador, e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) campus São Carlos.

No dia 30, às 20 horas, o tema é “Imigração e cultura armênia no Brasil. A sobrevivência de um povo após o genocídio”, por Lusiné Yeghiazaryan, professora da FFLCH, coordenadora do grupo de Estudos sobre Armênios (Imigração e Genocídio), no LEER.

No dia 18 de novembro, às 20 horas, o tema é “Exílios e Resistências: portugueses antissalazaristas no Brasil (1945-1977)”, por Maria Izilda Matos – historiadora, professora doutora na Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP).

A conferência de encerramento será no dia 27 de novembro às 20 horas, com o tema “A travessia dos refugiados do nazismo: de apátridas a cidadãos brasileiros”, com a professora Maria Luiza Tucci Carneiro, professora da FFLCH e coordenadora do LEER. Haverá a apresentação do livro Histórias Migrantes, organizado pela professora Maria Luiza e pelo professor da FFLCH, Sedi Hirano, com artigos de autores do projeto Arquivo Virtual Histórias Migrantes, do LEER e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Partindo do contexto político e histórico no Brasil dos anos 1930 e 1940, a exposição apresenta a influência dos asilados sobre a cultura, a ciência e a economia do país e ainda mostra o intercâmbio cultural recíproco entre os exilados, os intelectuais e artistas brasileiros famosos com os quais travaram conhecimento e dos quais se tornaram amigos. Entre 1933 e 1945, o Brasil deu asilo a cerca de 16 a 19 mil exilados de língua alemã, transformando-se, depois da Argentina, no segundo mais importante país acolhedor da América do Sul. Os exilados influenciaram fortemente as artes, a fotografia, a música, a literatura, o teatro e o jornalismo no Brasil.

O seminário e a exposição ocorrem no Centro de Cultura Judaica, na Rua Oscar Freire, 2500, Jardins, São Paulo. A exposição pode ser visitada até 23 de novembro, no 1º andar, do Centro de Cultura Judaica, de terça a domingo das 12 às 19 horas. Para visita guiada é obrigatório agendamento prévio pelo email educativo@culturajudaica.org.br ou telefone 3065-4347 com Nanci (mínimo 10 pessoas).

Acesse no site de origem: Imigrantes, Exilados e Refugiados (Agência USP, 16/10/2014)